
“Era uma vez um homem e sua família que sempre trabalhavam. Todos os domingos, eles iam para uma feirinha chamada Santos Dumont. Os itens que eles levavam eram: peixes, roupas e livros...” Gabriel Diniz – 8 anos
Há três anos, Léo do Peixe criou o Clube da Leitura. Era uma biblioteca que, naqueles tempos funcionava em sua singela casa e ao lado de sua barraca de peixes.
No início, levar livros para a feira do bairro Santos Dumont aos domingos era apenas uma maneira de distrair os filhos enquanto ele, com sua barraca de peixe, e sua esposa, Analina dos Santos Diniz, 36 anos, na barraca de roupas infantis, ganhavam o sustento da família. Diz Léo do Peixe: "Passava a semana inteira pescando e só tinha o domingo para conviver com meus filhos. Levar os livros para a feira era um jeitinho de tê-los por perto, fazendo algo legal para o futuro deles. Aos poucos, os filhos dos outros feirantes iam chegando e ali se formava a primeira roda de leitura." Além de Gabriel, Léo e Analina têm a pequena Isabela, seis anos, que não desgruda dos livros.
Começou com 100 exemplares, entre livros, revistas e gibis. Hoje, com 11 extensões, aproximadamente 15.000 exemplares e cerca 1.500 leitores cadastrados, seu projeto é referência de incentivo a leitura para todo o país.
No currículo do Clube da Leitura estão participações em eventos importantes da área, tais como: Finalista de prêmios como Viva Leitura 2006, Generosidade 2008, Cem Mais Brasil (Revista Seleções), convidado de eventos como Salão do Livro de BH, Salão do Livro de Ipatinga, Seminário Internacional de Bibliotecas Comunitárias, Bienal Internacional do Livro de São Paulo, além de programas de TV e rádio como a TV Escola Rio de Janeiro 2007, Rádio Câmara 2007 e rádios locais.
Mas... O homem tem o poder de construir sua história diariamente.
E é por isso que hoje estamos todos aqui, poucos diante da importância do projeto ao qual nos propomos, mas, iniciando a caminhada conjunta para construirmos uma cidade melhor para nossos filhos e netos.
A criação deste Instituto, no dia de hoje, visa primeiro homenagear a mãe do pescador, bem como seus irmãos e irmãs e, ao mesmo tempo, ser um veículo de promoção da cultura, da educação, da preservação e conservação do meio ambiente, do ensino e da prática da ética, da cidadania, da paz, dos direitos humanos e democracia e de outros valores universais, para o crescimento da comunidade.
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